sábado, 18 de maio de 2024
CAIXA FORTE

Operação da Polícia Federal busca envolvido em tráfico em Goioerê

12/08/2019
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                                   A operação Caixa Forte, desencadeada pela Polícia Federal na quinta-feira, com 100 mandados de busca e de prisão em quatro estados (Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul) e que investiga ações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, tinha ações previstas para a cidade de Goioerê. 

                                   No entanto, durante o decorrer do dia não se viu movimentação da Polícia Federal na cidade e nenhuma autoridade policial foi contatada. Acredita-se que as ações são de bloqueio de cotas bancárias ou de cumprimentos de mandados de prisão de pessoas que já estão presas e que atualmente estão na Penitenciária Estadual de Cruzeiro do Oeste. A PF ainda não divulgou o balanço da operação.
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INVESTIGAÇÃO
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As investigações tiveram início em novembro de 2018 e identificaram a existência de uma seção rigidamente estruturada dentro da facção, denominada "Geral do Progresso". O setor era responsável por gerenciar o tráfico de drogas, distribuindo os entorpecentes que garantem o sustento da organização criminosa, bem como por orquestrar a lavagem de dinheiro dos valores oriundos dos crimes praticados. Contas bancárias de pessoas aparentemente estranhas ao grupo criminoso eram cooptadas para ocultar e dissimular a natureza ilícita do montante movimentado.
Os criminosos também utilizavam o método de “depósitos fracionados” para lavar o dinheiro, realizando depósitos bancários de pequenas quantias em diversas contas, de forma a não se identificar o depositante e não ativar os gatilhos de comunicação de atividade suspeita às autoridades de controle de atividades financeiras (COAF), previstos na Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro. Posteriormente, o dinheiro era transferido a outras contas ou mesmo sacado em terminais eletrônicos.
Foram identificadas 45 contas bancárias, todas bloqueadas e com os valores sequestrados judicialmente. A movimentação financeira ultrapassou sete milhões de reais durante o período das investigações. Os números das contas eram enviados por integrantes de outro setor da facção, denominado "RESUMO INTEGRADO DO PROGRESSO DOS ESTADOS E PAÍSES", responsável também pelo recebimento dos comprovantes para a realização da contabilidade geral dos valores movimentados.
Os presos estão sendo investigados pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 33 anos de prisão.
No Paraná as ações estavam previstas para serem realizadas nos municípios de Curitiba, Londrina, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Colombo, Fazenda Rio Grande, Goioerê, Mandirituba, Matinhos, Paranaguá, Pinhais e Piraquara.