
O ato em defesa do Sesc e Senac realizado na tarde de terça-feira, 16, reuniu grande número de pessoas e foi marcado por críticas veemente ao projeto em tramitação no Senado Federal que retira recursos das duas instituições para o governo federal investir na área de turismo.
Entre as lideranças presentes no evento estava o empresário goioerense Alexandre Cândido, que representou a ACIG. Os oradores conclamaram a comunidade a se posicionar contra a proposta e a ajudar na mobilização da sociedade em geral contra o desvio dos recursos hoje aplicados nas ações desenvolvidas em âmbito nacional pelo Sesc e o Senac.
Na avaliação de participantes, a iniciativa por parte do governo federal de retirar do Sesc e Senac recursos oriundos de tributos pagos pelos empresários evidencia a falta de reconhecimento do trabalho que as duas entidades desenvolvem há décadas. Indignação e revolta foram os sentimentos predominantes entre o público que compareceu ao ato.
Em seu pronunciamento, o presidente do Sindicato Empresarial do Comércio de Campo Mourão e Região (Sindiempresarial), Nelson José Bizoto, mostrou-se indignado com a proposta do governo e destacou o alcance do trabalho desenvolvido pelo Sesc e Senac.
Já o diretor do Sindiempresarial e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Goioerê, José Alexandre Candido, criticou a proposta e discorreu sobre o papel cumprido com sucesso pelo Senac e o Sesc em várias áreas. Por exemplo, a preparação de jovens para o primeiro emprego e o aprimoramento profissional.
PROJETO
O Projeto de Lei de Conversão em tramitação no Senado Federal retira 5 por cento dos recursos do Sesc e do Senac destinados à educação, saúde, cultura, lazer e assistência social para reforçar o orçamento da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).
A redução do orçamento pode acarretar o encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 cidades brasileiras e mais de R$ 260 milhões deixariam de ser investidos em atendimentos gratuitos. No caso do Sesc, seriam fechadas 36 unidades, com corte de 1.994 empregos.