A organização criminosa que vinha atuando em Mariluz, foi identificada pela polícia como a “Gangue dos NED”, voltada ao tráfico de entorpecentes. Existia dentro do bando, um esquema hierárquico, com divisão de tarefas.
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O chefe do grupo era o mandante de assassinatos cometidos pela organização criminosa e havia os executores. Outros serviam como ‘laranjas’, que cediam seus nomes para a aquisição de imóveis, usados como esconderijos, pontos de armazenamento de armas e de drogas e outros que eram utilizados como bocas de fumo.
Os integrantes são responsáveis por atentados e assassinatos praticados há meses, tanto em Mariluz, quanto em cidades da região, como Moreira Sales e até Goioerê. As investigações levaram a polícia a identificar os membros e descobrir qual o grau de envolvimento de cada um deles.
Segundo a polícia, o comando era de Reginaldo Ribeiro da Silva, o “NED”. Este ordenava a prática de ações violentas contra qualquer pessoa que ele entendesse ser seu adversário.
MORTE DO “HERDEIRO” E HOMICÍDIOS
Mateus Ribeiro da Silva, morto em 9 de março, era o filho de Ned. Ele foi executado aos 22 anos com tiros à “queima-roupa”, em uma lanchonete no centro de Mariluz. Mateus era ventilado como herdeiro sucessor das atividades de Ned e inclusive, já estava utilizando-se do tráfico como meio de ganhar a vida.
Com a morte de Mateus, no dia seguinte começou a série de assassinatos, decorrentes do plano de vingança arquitetado por Ned contra pessoas que ele acreditava estarem relacionadas com a morte do filho.
Ned emitiu as ordens para que seus subordinados cometessem a sequência de homicídios posteriormente constatados (em um período de 60 dias, seis mortes foram registradas, sendo cinco em Mariluz e uma em Moreira Sales, além de outras tentativas). Entre as vítimas, estavam inúmeros informantes. Ned jurava vingar a morte do filho, mandando recado para todos os habitantes da cidade de “que mataria pai, mãe, mulher e filhos de quem matou Mateus”.
Na mesma noite após o homicídio de Mateus, todos os integrantes da Gangue dos Ned saíram em comboio pelas ruas da cidade, com armas de fogo em punho à procura dos supostos autores do crime. Os autores foram identificados.
Um deles seria Wesley da Silva der Oliveira, vulgo ‘Dentinho’, morto a tiros em Moreira Sales na noite de 12 de março. Outro trata-se de um adolescente que está com mandado de internação em aberto e foragido, pois tem ciência de que se for encontrado, será morto imediatamente pela gangue.
MORTO POR UM SORRISO
Antônio Estércio Novais, de 61 anos, foi assassinado a tiros pela Gangue, após NED ficar sabendo que ele teria comemorado a morte de Mateus. A ordem de execução foi cumprida por um homem de confiançla, que matou o homem dentro da cabine de seu caminhão, no dia seguinte a morte de Mateus. O carro usado no crime era de um irmão de Ned.
O senhor era pai de Antônio Marcos Novaes, conhecido como ‘Fininho’, de 33 anos, que também foi morto a tiros em maio de 2021 pela Gangue dos NED.
Elias Alcione Pachola de Jesus, vulgo “Pachola” foi foi assassinado a tiros de pistola calibre 9 milímetros, no quintal de sua própria casa. Pachola havia deixado a prisão há pouco tempo e fazia uso de tornozeleira eletrônica. A ação foi gravada por câmeras de segurança.
PRISÕES
As prisões dos envolvidos aconteceram na manhã da última sexta-feira (27), durante a Operação Ultimato, deflagrada pela Polícia Civil e contou com 107 policiais, 25 viaturas, uma aeronave, um ônibus e três guinchos.
Foram expedidos mandados de prisão, busca e apreensão e sequestro de bens. Participaram os grupos do GOA, NOC, DENARC, COPE, 9ª, 8ª, 16ª e 20ª SDPs, BPFron (Umuarama, Guaíra e Querência do Norte) 7º BPM de Cruzeiro do Oeste, 25º BPM de Umuarama e 6º SGBI de Umuarama ( Corpo de Bombeiros). Nove pessoas foram presas ou apreendidas. (As informações são do Umuarama News).