
A entrega de uma área de 2 mil alqueires de terras localizada nas proximidades onde ficava a usina de açúcar do grupo Santa Terezinha, em Umuarama, chamou a atenção nos últimos dias. Isso porque a terra, que era arrendada para a produção de cana-de-açúcar, não teve o contrato renovado e precisará passar por um processo de restauração antes de ser destinada para a produção de uma outra cultura.
A empresa, que transferiu sua produção de Umuarama para Ivaté, já há algum tempo, passa por um processo de intervenção judicial e, por isso, a entrega de áreas usadas para o cultivo de cana, repercute entre os arrendatários e credores. O grupo têm 10 usinas no Paraná e, em 2018, entrou com um pedido de recuperação judicial.
Segundo o Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento) na última safra (2021/2022) uma área de 106.410 hectares foi destinada para a produção de cana na região Noroeste, sendo 12.475 hectares em Umuarama. A maior área plantada, no entanto, fica em Tapejara, onde 50 mil hectares foram destinados para a produção de cana-de-açúcar.
“Para este ano ainda não existem estimativas da área que será cultivada”, afirma o economista do Deral (Departamento de Economia Rural), Ático Luiz Ferreira ao destacar que não há como saber, neste momento, quanto de área deixará de ser cultivada na safra 2023/2024.
Por outro lado, a Santa Terezinha nega que esteja devolvendo áreas que foram arrendadas para a produção de cana-de-açúcar. Em nota enviada ao OBemdito, a usina afirma que a devolução de áreas arrendadas para a produção é um processo normal, pois ao finalizar os contratos, alguns são renovados e outros acabam sendo encerrados, assim como novos contratos são fechados. (Fonte: O Bemdito)