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Era uma vez, um homem que estava apaixonado por uma mulher. Ele parecia um príncipe encantado. Era dedicado, atencioso e muito carinhoso. Esse casal sempre andava de mãos dadas e todas as vezes que eu os via era visível o olhar apaixonado que ele tinha. O que mais me impressionava era saber o quanto ele era respeitoso, e afirmava que sabia esperar o momento certo para que ambos dessem o próximo passo na relação dos dois.

Enfim, ele era o tipo de homem ideal.

Ela foi se deixando envolver, se apaixonando e um certo dia, inesperadamente ele se despediu, dizendo que não queria mais ficar com ela. Foi uma surpresa para todos que conheciam o casal.
Mas, outras amigas já haviam avisado, para ela ficar atenta, que este homem não era confiável, pois somente nestes últimos meses, ela seria a sua quarta namorada. Portanto, o que poderia haver de tão especial nessa mulher? NADA?

Essa história parece familiar ?

Alguns homens têm o “poder” da conquista, são sedutores, sabem envolver e despertar desejo nas outras mulheres e são muito sensuais. E, sem muitas explicações, abandonam essa mulher assim que percebem que ela está apaixonada. Pois esse era seu único objetivo, curtir o desafio da conquista, elevar a sua própria autoestima. Para esse tipo de homem, não há necessidade de concluir a conquista pelo ato sexual, ele é motivado por saber que a outra pessoa está aos seus pés, e logo depois perde o interesse repentinamente.

Esse homem é conhecido como Don Juan para a psicologia, e como filhinho da mamãe para as constelações familiares.

Esse padrão de personalidade e tipo de comportamento é caracterizado por ser narcisista, amado e odiado na mesma proporção, e por se sentir indiferente aos sentimentos da outra pessoa apaixonada. Para ele, quanto mais difícil for a conquista, quanto maior o desafio, maior será o prazer e o valor dado à ação de conquistar.

Quando nasce um Don Juan?

Ainda na primeira infância o menino vive exclusivamente sobre a influência da mãe, é protegido, mimado, cuidado, e ele aprende a seduzir, conquistar, cativar com palavras, para receber tudo que deseja da mãe. Assim ele cresce, conscientemente pode até dizer que quer uma esposa, mas inconscientemente isso não é verdade. Ele busca alguém que substitua a mãe, pois inconscientemente ele está “casado com a mãe”. Ele está indisponível.
Se este homem casar, ele não será um pai forte e dedicado para seus filhos, deseja sempre viver ou até morar perto da mãe ou falar com ela todos os dias. Se preocupa mais com ela do que com a família, e se você perguntar qual a pessoa mais importante da sua vida a resposta será: Minha mãe!
Muitas vezes esse tipo de homem jamais manterá um relacionamento afetivo duradouro.

Como curar um Don Juan ?

“ A fim de ser um homem capaz de participar plenamente de um relacionamento entre iguais, deve renunciar ao primeiro e mais entranhado amor da sua vida – a mãe – passando logo para esfera de influência do pai.” Bert Hellinger

Essas dinâmicas se apresentam de forma inconsciente nas relações e nas famílias e tendem a se repetir por muitas gerações, quando não percebidas. Através das constelações familiares é possível revelar tais dinâmicas e colocar em ordem, para que o fluxo da vida siga em harmonia e permaneça o amor. Só quando assumimos o lugar de protagonistas da nossa própria história é que podemos mudar a história.
Agende sua sessão comigo e tenha um relacionamento mais feliz, como você merece.

LIZ KAZMIRCZAK
- Terapeuta Sistêmica
- Neuroconsteladora
- Mentora de Desenvolvimento Humano
- Master Practitioner in Hypnosis

Na próxima semana, vamos conhecer a filhinha do papai e a dificuldade de se relacionar.

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