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Pr. Pedro R. Artigas

Igreja Metodista

Estamos chegando ao último domingo do Advento, no próximo final de semana teremos o grande dia da humanidade, o nascimento do Salvador. Na escatologia dos tempos, faltam somente 100 anos para que o povo que vivia em trevas veja a luz, que o profeta Isaías nos ensina no capítulo 9, versículo 2: “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz”. Que pode completar o versículo do capítulo 7, versículo 14: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel”. Foram 400 anos de escuridão espiritual, agora a luz começa a brilhar no tempo, Jesus o Filho Unigênito de Deus está se preparando para vir ao encontro de sua criação para redimí-la e devolver a vida que nos foi tirada pela entrada do pecado adâmico.

E aqui neste versículo é citado então o nome do Messias, Emanuel que quer dizer “Deus Conosco”. O momento não é somente histórico, mas precioso, afinal, desde quando Adão pecou, a morte entrou no mundo junto com o pecado e Deus teve que providenciar uma maneira de nos devolver a vida, como nos ensina o apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios capítulo 2, versículo 1: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados”, o pecado nos matou espiritualmente, mas a vitória de Cristo nos devolveu a vida tirada lá no Jardim do Éden.

No texto de Isaías capítulo7, versículo 14, Deus está falando com o rei Acaz através do profeta, e diz ao rei, peça ao Senhor seu Deus, um sinal, que pode ser embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas, ao que o rei responde que nunca pediria, nem tentaria ao Senhor. E o Senhor diz ao rei como você não me pediu, eu mesmo lhe darei um sinal. Porque vocês toda a nação desprezou o sinal que eu lhes ofereci. Eis que eu enviarei um mensageiro mais honrado e lhes darei o sinal mais nobre. Mas como esse nascimento que deveria acontecer somente depois de muitas eras, seria um sinal de libertação do presente perigo? Esse nascimento supunha a preservação daquela cidade, da tribo e da nação em que o Messias deveria nascer, e, portanto, não havia motivo para temer a ruína que seus inimigos agora ameaçavam. O povo e o rei não entenderam que o nascimento do mensageiro não seria para o plano humano, mas para nos libertar espiritualmente da morte.

Infelizmente ainda hoje muitos não acreditam que Jesus é esse mensageiro poderoso e maravilhoso que nos liberta da morte eterna, e nos devolve a vida nos dias de agora. Eles como nós, não entenderam e não entendemos o nome de Jesus, Emanuel, o Deus Conosco, que pode ser traduzido por Deus habitando entre nós, em nossa natureza. É onde Deus e o homem se encontram em uma só pessoa, e sendo um mediador entre o Pai e os homens, como o apóstolo João nos ensina em sua Primeira Carta capítulo 2, versículo 1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. Vejamos todos a riqueza do texto bíblico ao falar de Jesus.

Seu significado original geral não é difícil. É que, em pouco tempo – dentro do tempo em que uma jovem mulher, então virgem, deve conceber e dar à luz um filho, e esse filho deve envelhecer o suficiente para distinguir entre o bem e o mal. A concepção e o nascimento de uma criança – que só poderiam ser conhecidos por quem conhece “todos” eventos futuros – seriam a evidência de tal resultado. Seu “nome” apropriado seria como um “sinal” ou uma indicação de que Deus era o protetor da nação ou ainda estava com eles.

Ser salvo hoje parece uma palavra em desuso, ou até piegas, mas seu contexto é majestoso, pois nos liberta da morte eterna, e nos devolve a vida agora, e nos liberta de todos os pecados. Essa vida que nos é devolvida, é a vida eterna, é a vida que viveremos junto com Ele nos Céus. Livre de todos os problemas, pecados, doenças e enfermidades. Dessa maneira, Natal não é papai noel, mas a celebração do nascimento do Filho de Deus. Shalom.