quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
CRÔNICA

Violência

19/09/2022
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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Todos os dias os jornais televisivos iniciam suas programações falando em violência. Ela está em todos os lugares e momentos. São famílias destroçadas por ela, são desconhecidos que por nada empregam-na como se ela fosse um grande trunfo ou tivesse o valor de um troféu.
Quando olhamos para o texto Bíblico observamos que Deus desde o princípio se pautou pela não violência, e quando ela desabrochou sobre a terra Deus em sua sabedoria infinita e amor entristeceu-se, e o primeiro caso violento foi o assassinato de Abel pelo irmão Caim. Vejamos o texto de Gênesis capítulo 4, versículos 5 a 7: “Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e fechou a cara. E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que essa cara fechada? Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar”. Tudo começa quando Adão ouvindo a serpente (satanás) acredita nas palavras dela e julga que por ter comido a fruta proibida será igual a Deus. A partir daí entra no mundo o pecado, a morte física, como também a morte espiritual, e a violência. Veja o mesmo livro de Gênesis capítulo 6, versículo 11 e 12: “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência, e viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra”.
A pergunta de Deus buscava ter de Caim a palavra de sinceridade e verdade, o Senhor Deus ainda lhe fala “se fizer o que é certo, não é verdade que você será aceito?” Se Caim tivesse agido corretamente com seu irmão teria sido aceito como Abel foi aceito. E como muitos podemos afirmar: ah! Mas Caim era agricultor então trouxe das primícias do seu trabalho, e Abel era pastor e trouxe das primícias de seu trabalho. Mas um pormenor mostra que tanto um como o outro tinham conhecimento da Lei imposta por Deus, para perdão dos pecados teria que haver a morte de um animal, no caso um cordeiro, que sempre simbolizou a Cristo como perdão.
Assim fazemos nós ainda hoje em nossos dias. Outro dia vendo uma reportagem em um jornal da televisão, presenciei um caso de violência gratuita, um senhor saindo de sua garagem, não olha para o lado e por isso não vê um carro que vinha e este por sua vez, poderia ter parado e ou diminuído a velocidade e nada teria acontecido. Ao continuar, o senhor bate no carro que vinha, o jovem desce do carro e busca o confronto, e ao dar um empurrão no senhor este vai ao solo e bate com a cabeça no chão, sofrendo de traumatismo craniano. O jovem ao perceber a idiotice que havia praticado, pega seu carro e foge do local, sem que antes que consiga fugir, alguém com um celular fotografa sua placa, sendo encontrado pouco depois.
Ou como aqui em nossa cidade um jovem põe fogo na casa de sua mãe por esta não ter lhe dado dinheiro para comprar drogas.
E agora neste tempo de eleição o que mais vemos são as agressões gratuitas, algumas com maior índice de violência, como se isso fosse resolver a situação. Precisamos voltar nosso coração para o Senhor, procurar o outro como nosso igual (semelhante), e buscarmos a resposta dentro de nós mesmos: eu quero ou gostaria que fizessem ou agissem dessa maneira comigo? Jesus no evangelho de Mateus capítulo 24, versículo 12 ensina o seguinte: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”. Infelizmente é isso que vem acontecendo, precisamos voltar em nossos caminhos, a isso damos o nome de conversão. Nenhum animal mata por prazer, nem os mais selvagens, mas o homem feito a imagem, conforme a semelhança, esse mata por prazer.
Será muito pedir que voltemos nossos olhos para Cristo e busquemos andar diferente em nossa vida? O apóstolo Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios capítulo 13, versículo 1 ensina: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. Pense nisso e mude a atitude. Shalom.