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Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Nesta semana mais precisamente na quarta-feira, dia 7 de setembro, comemoramos o Bicentenário da Independência do Brasil em nosso País. Essa data maravilhosa relembra o dia quando o então príncipe Dom Pedro rebelando-se contra as ordens de seu País, Portugal, proclama que a partir daquele momento o Brasil estava independente de Portugal.
O quadro pintado por Pedro Américo que retrata o momento, usou de tintas fortes para imortalizar o evento. A verdade é que quando o Príncipe arranca os galões portugueses de sua farda, decretava que daquele momento em diante o Brasil seria um povo inteiramente livre de qualquer outra nação. E assim tem sido pelos 200 anos de liberdade.
Esse fato lembrou-me de outro ocorrido há mais de 3 mil anos atrás, quando um grupo de escravos, ou como alguns escritores preferem dizer um amontoado de escravos, sai para o deserto libertando-se do jugo escravagista do Faraó. Atravessa um braço de mar, a pés secos por obra miraculosa de Deus. E para no meio do nada para descansar, ainda sendo um amontoado de ex-escravos, sem lei, sem nacionalidade, sem direção. E ali no local perto do monte Sinai, o Deus libertador vem ao povo, e o ajunta para torná-lo nação.
Usando de similaridade nosso País também não era uma nação, mas sim um amontoado de pessoas, algumas livres e outras escravizadas que não tinham leis, e muitos não gostavam de serem chamados de brasileiros, pois esse título era depreciativo, gostavam de usar o nome da terra mãe, eram portugueses.
Dom Pedro após o seu heroico ato, torna-se o primeiro Imperador da nascente nação e elege a primeira Câmara para lavrar a Primeira Constituição, o Brasil começava a se tornar um País de verdade.
Ao estudar a história do Brasil, a coloco junto ao texto bíblico escrito pelo apóstolo Pedro em sua Primeira Carta capítulo 2, versículo 10 onde encontro: “vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus”. O ato de ser povo dignifica a todos, a nossa liberdade nos torna responsáveis pela nossa Nação. Somos uma Pátria onde o Cristianismos é maioria, independente da denominação que congreguemos, somos católicos e evangélicos protestantes, amamos nosso País, e como aquele povo lá no deserto que recebe de Deus as Leis e os Mandamentos que deveriam nortear a nascente nação, assim também nós temos nas mesmas Escrituras a lei e os mandamentos que devem nos nortear para o desenvolvimento da nossa Nação.
Hoje podemos ao ler a carta do apóstolo e constatar no versículo 9 do mesmo capítulo 2 que: ” mas, vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
Hoje o Brasil é o País que alimenta 1 em cada 4 pessoas ao redor do mundo, somos os que usam a menor quantidade de área do território para plantar, e somos o que possui a maior quantidade de minerais do planeta, e mesmo durante os momentos de seca e estresses hídrico nossos rios continuam a correr e a fornecer o bem precioso para nossas casas. Temos os maiores aquíferos subterrâneos do mundo. O Nordeste agora com a transposição completada em breve tornar-se-á um novo celeiro de produção, juntando-se ao sul e ao centro oeste.
Posso ser ufanista, mas me orgulho de ser brasileiro, como me orgulho de poder compartilhar minha fé com todos, como estou fazendo agora através desta crônica. Somos a atual nação santa, o mundo depende de nossa agricultura e pecuária para viver, como também depende de nosso minério de ferro para poder produzir bens. Nossa medicina não fica a dever para nenhum país. Somos a única Nação que recebe a todos que aqui desembarcam com os braços abertos e os acolhemos sem distinção de raça, cor ou credo. Pense nisso e seja cada dia melhor brasileiro. Shalom.