
As oito vítimas da chacina registrada em Toledo, no Oeste do Paraná, são sepultadas neste sábado (16), em Toledo e São Pedro do Iguaçu, na mesma região do estado. Elas foram mortas pelo policial Fabiano Junior, de 37 anos, que não aceitava o fim do relacionamento com Kassiele Moreira Mendes Garcia, 28 anos.
Os assassinatos aconteceram nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná, durante a noite de quinta-feira (14) e a madrugada de sexta-feira (15). Fabiano matou os três filhos, a esposa, a mãe, o irmão e dois jovens que ele não possuía relação. Em seguida, cometeu suicídio.
Kassiele (esposa), Miguel Augusto da Silva Garcia (filho, de 4 anos) e Kamili Rafaela da Silva Garcia (filha, de 8 anos) são velados em São Pedro do Iguaçu e serão sepultados às 15h deste sábado (16), no cemitério da cidade.
Amanda Mendes Garcia (filha de outro relacionamento, de 12 anos), Irene Garcia (mãe, de 78 anos) e Claudiomiro Garcia (irmão, de 50 anos) foram sepultados às 11h deste sábado (16), no Jardim da Saudade, em Toledo. No mesmo cemitério, também será enterrado Kaio Felipe Siqueira da Silva (sem relação com o PM, de 17 anos).
Fabiano foi o primeiro a ser sepultado. O corpo saiu do Instituto Médico Legal (IML) para o Jardim da Saudade, em Toledo, no fim da tarde desta sexta-feira (15). A família optou por não realizar velório. Amigos e familiares compareceram à despedida.
Até o momento, não há informações sobre o sepultamento de Luiz Carlos Becker, também sem relação com o PM, de 19 anos.
O crime
O agente policial era lotado no 19° Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Toledo. Na quinta-feira (14), ele teria trabalhado normalmente até às 19h, horário em que iniciou a chacina.
Por volta das 23h, fez contato com o cunhado e confessou o assassinado da esposa e da filha do primeiro relacionamento. Em seguida, foi até a casa da mãe, na região central da cidade, e a matou a facadas. O irmão foi morto com um disparo de arma de fogo. Imagens de câmera de segurança registraram Fabiano atirando contra Kaio, que havia se aproximado do carro em que o PM estava após ser chamado. O momento do assassinato de Luiz segue em investigação.
Fabiano percorreu mais de 60 quilômetros até a zona rural de Céu Azul, onde tirou a vida dos filhos mais novos.
Antes de cometer suicídio, o policial militar gravou um áudio dizendo que não aceitava o fim do relacionamento. Ele também citou problemas como depressão.