Goionews - Todo mundo lê!

Pr. Pedro R. Artigas
Igreja Metodista

Moramos em uma cidade com vocação agrícola. Somos rodeados por fazenda, sítios e chácaras, onde temos tudo que precisamos, sem que quase tenhamos de buscar fora nossos alimentos.
As pequenas chácaras ao redor da cidade produzem todo tipo de legumes e verduras e um pouco mais a frente temos sítios e fazendas que produzem leite e com ele fabricam delicioso queijo colonial. Nesse mesmo entorno temos lugares especializados em criação de peixe, que podemos comprar fresquinhos e preparar deliciosos pratos. Outros criam porcos e fazem deliciosas linguiças e salames coloniais.
Quando colocamos no papel toda essa vocação de nossa cidade, é que observamos a produção quão grande ela é, e não só isso, temos alimentos cuidadosamente preparados, com muito carinho e zelo.
E como seria bom que também essa vocação chegasse aos nossos corações, e frutificássemos para Cristo. No Evangelho de Marcos capítulo 4, versículos 30 a 32: “E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra”.
Precisamos permitir que a graça do Senhor permeie todo o nosso coração, tornando-o como uma terra fértil, onde a semente divina encontre espaço para frutificar de maneira intensa e profunda. Proporcionando para nós uma experiência rica de amor através da pessoa de Cristo. Desta forma não apenas veremos o crescimento do Reino de Deus, mas estaremos cooperando para que isto aconteça na vida de muitas outras pessoas.
Pois é, é aqui que podemos aprender com os agricultores, eles não produzem alimento somente para si, mas toda uma comunidade que sabe da qualidade, e do desvelo com que foi tratado e trabalhado. Nosso coração pode ser uma terra preparada para o amor de Deus, de tal maneira que tudo o que ali plantarmos com carinho, na certa nascerá e crescerá, como nos ensina Jesus nesta palavra.
O grão é a palavra divina que deve cair em uma terra fértil que é nosso coração. Se continuarmos com a analogia, veremos que o agricultor prepara a terra, espera pelas primeiras chuvas e lança a semente, que encontrando um solo fértil pela água e pelo sol, logo brota e cresce com formosura. Quando alimentamos nosso coração com palavras e atos sadios, somos a terra fértil, mas quando nos tornamos ácidos, amargurados, e dentro do conceito público de mal com a vida, nos transformamos em terra infértil, seca, terra sem vida. E hoje infelizmente as pessoas estão se tornando em terras não férteis. Algumas acusam que tudo está ruim, difícil, sem segurança, mas esquecem que elas são essa terra; que se mudarem um pouco o foco, poderão se tornar novamente em terras férteis,
Nessa quinta-feira dia 26 há quase 2000 anos, Jesus foi elevado aos céus após sua ressurreição. Ele ficou por 40 dias junto de seus discípulos ensinando exatamente isso, eles deveriam ser os primeiros a se tornarem em terra fértil, para que sua Palavra crescesse em todo mundo, e esta terra ainda tem frutificado, menos é verdade, mas continua com vigor para produzir novas vidas cheias de amor e de paz. E lá quando estava subindo aos céus os anjos disseram àqueles que estavam olhando: “e eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “galileus, porque vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir”. Atos capítulo 1, versículos 10 e 11.
Que continuemos como terra fértil para que obra do Senhor não esmoreça, mas possa crescer cada vez mais. Shalom.