sexta-feira, 19 de abril de 2024
AMOR EXIGENTE

BULLYING, COMO PREVENIR?

23/03/2019
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3º PRINCIPIO A sOCIEDADE 

     Apelidos e brincadeiras são comportamentos comuns dentro das escolas, no entanto, há um momento em que essas atitudes ultrapassam a normalidade, onde o provocador exerce uma pressão desmedida e recorrente sobre o provocado, zombando, criticando, ou mesmo agredindo, sem que a vítima reúna forças suficientes para se auto proteger. Isso é o bullying, palavra de origem inglesa, derivada de bully, que significa tirano, valentão, brigão.

   Esse problema ganha reforço de aceitação influenciado por programas humorísticos que fazem piadas apelando para brincadeiras e pegadinhas, muitas delas de mau gosto, humilhando, zombando ou provocando pessoas em vias públicas.

    Em geral, as escolas são os locais de maior ocorrência do bullying, mas a atenção a esse problema deve começar dentro de casa. Os pais precisam ficar atentos aos comportamentos dos filhos, que podem ocupar tanto o papel do provocador, como o de vítima. 

     Em muitos lares impera a cultura machista, onde desde pequenas, as crianças são incentivadas a mostrar sua força, a exercer sua valentia. Se provocarem brigas e saírem aplaudidos, ganham força e esse é o incentivo que precisam para se tornarem potenciais provocadores do bullying. Normalmente ele não é o mais forte da turma, assim, ele escolhe como vítimas, aqueles que ele consegue dominar e amedrontar.

        Se por um lado não devemos incentivar brigas ou discussões com os colegas, por outro, precisamos prepará-los para uma autodefesa e elevar sua autoestima. Quem conhece bem um ambiente escolar sabe que se trata de ambiente hostil. A autodefesa não está ligada a revidar, entrar na briga, mas saber se proteger, com atitude e coragem de buscar ajuda.

    Algumas atitudes em casa são importantes para identificarmos se o filho está sendo vítima desse problema. Um deles é o diálogo, mas precisamos entender que diálogo não é bronca

Outra atitude importante é a proximidade entre pais e filhos, sem permitir que os recursos tecnológicos ocupem todo o tempo livre da família.

     A escola também deve estar atenta aos seus alunos, não somente em sala de aula, mas também fora dela, durante o recreio ou mesmo no portão de saída e percebendo quaisquer problemas, devem adotar medidas para coibir. Sinto que no anseio de mostrar autoridade, muitos dirigentes escolares relutam em aceitar a ideia de mudança do aluno para outra sala, ou troca do turno escolar.   Por vezes sinto que a escola e a família não se conversam. A escola reclama que os pais não aparecem e os pais criticam a escola porque só os chamam para reclamar dos filhos. Isso não ajuda. Só vamos conseguir avanços em relação à prevenção do bullying quando olhamos com atenção nossos filhos ou alunos e quando a família e escola tornarem-se parceiros nesse desafio.

REUNIÕES TODAS AS terça-feira ÁS 19:30 SALA Monsenhor Francisco.